terça-feira, 8 de outubro de 2013

MÃE DE MENINO

Mãe de menino brinca de luta até se machucar ou ter os peitos esmagados. Mãe de menino entende de utebol, carrinhos e de como conquistar as princesas.
Mãe de menino brinca no chão, de pé sujo, de apenas correr, sem rumo, dando voltas pela casa ou na praia ou em quintais.
Mãe de menino assiste Toy Story, Nemo, Carros. Menino tem medo de bicho, mas vem pegar sua mão pra criar coragem e mãe de menino não tem mesmo medo de nada, e todos ao mesmo tempo!
Mãe de menino corre quando ele cai e tem o melhor consolo de todos, o maior carinho, o mais doce perfume.
O melhor beijo na boca é o de filho criança e mãe, o melhor banho de mar, o abraço mais singelo e a troca de carinho mais pura.
Mãe de menino não brinca de Barbie, não liga para gigoletes, saias rodadas ou sapatilhas, não vai ao ballet ou escolhe cores de esmalte, mas tem um companheiro, um protetor, um amigo pra todas as horas. Ser mãe de menino é poder ser todo o tempo você mesma, simplesmente. E ser amada, muito amada, mesmo assim!

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

EGO


Os psicólogos de plantão (principalmente os corporativos) que me corrijam, mas a pior coisa para se lidar no ser humano é o ego.

Querer ser ou parecer melhor que os outros é uma característica de todos nós, em menor ou maior grau; mas de médicos, loucos e egocêntricos; todos nós temos um pouco.

Isso é nítido no trânsito. Todos os dias a gente vê carros entrando em fila dupla, pelo acostamento ou plena contramão, à luz do dia... Os problemas da manhã nem começaram e as pessoas já estão atrasadas e pensando que apenas elas têm horário marcado.

Todos os dias ouço papos na empresa, de pessoas que “precisam” disso e daquilo, que fulano não fez, que o meu foi melhor, que esse trabalho é mais importante que o outro. Que esse trabalho é o que preciso e quero fazer, por que afinal, foi pra isso que nasci e assim serei conhecido e reconhecido. Alguém precisa de algo que outro não precisa? Será que precisa mesmo?

O pior é que sempre nos fingimos de bons, como se não passasse de um pequeno ajuste e que a maioria não vai se importar com o meu sucesso tanto assim. Ledo engano. Todo mundo vê o sucesso do outro, e no fundo, tem alguma inveja (nem que seja branca) e espera o seu próprio. Alguns de nós comemoram o sucesso alheio aos quatro ventos e esse sentimento pode até ser genuíno, mas a massa ainda vai ler como se sua inveja fosse maior, seu amiguinho falso! Por outro lado é preciso dar crédito aos que melhor se fantasiam de sucesso, que falam como se o seu trabalho sustentasse toda a humanidade e que os demais seres são apenas coadjuvantes de um monólogo – isso é talento! E não é para poucos, tá uma febre. Mas, cuidado, só funciona em determinadas empresas e por determinado tempo.


O resultado nem sempre vem acompanhado de aplausos para os verdadeiros trabalhadores braçais. Construir uma casa, começando pela fundação e alicerce dá mais trabalho do que pendurar um quadro, e ainda paga menos. Mas é triste assistir a valorização de quem escolhe a moldura e a maçaneta; do que de quem quebra a pedra antes do sol nascer.

Quando assisto determinados argumentos e justificativas, estou na mera posição de ser apenas honesta, com meus sentimentos e nas minhas atitudes; tendo diligência e nenhum talento para vendas de balcão. Um dia o reconhecimento chega, eu creio.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

ser bom, não necessariamente feliz

Uma vez, um cara amigo chegado pastor me disse que Deus nos fez para sermos bons e não para sermos felizes.
Essa frase ficou sobrevoando minha mente por muito anos, e expliquei vários episódios de sofrimento na minha vida e na dos outros baseados nela. Justificava que Deus, apesar de mui amoroso; era justo, santo e puro. E o é, eu bem sei.
Abri mão de muitas coisas que me fariam extremamente feliz para ser honesta.
Abdiquei de prazeres e alegrias pulgentes porque poderiam se tornar situações limites de erros ou pecados.
E Deus me retribuía a Seu tempo - como é sempre a Sua promessa, nos encher!
O negócio é que hoje, com a idade que tenho, percebo um sem número de coisas que poderiam ter mudado completamente o rumo da minha vida, uma lacuna de realizações, um não sei quê de não ter corrido atrás; coisas que poderia ter feito e vivido e não fiz ou vivi... para ser honesta, para ser leal, para ser uma pessoa boa.
Não estou falando da teoria da prosperidade. Não me refiro também a dar para receber. Fazia de consciência, porque tinha de ser feito, ou achava que tinha. E entendia que mesmo sendo algo muito bom e que me traria muita alegria na hora, não seria nada legal no futuro.
Desfiz amores para ser santa, por amor a Deus, rejeitei empregos, algumas propostas mais vantajosas; afinal, é certo trabalhar em banca de revista, em cervejaria, em fábrica de cigarros? Esse legalismo (não no sentido pejorativo) me perseguia. E hoje, a pergunta que não quer calar: terá valido a pena?
As escolhas para ser boa foram afinal as certas?

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Cansada

Enfim.. Finalmente... muitíssimo cansada.
Cansada de lutar, cansada de gritar, cansada da insanidade dos dias.
Frustrada talvez fosse o melhor título para esse post - pois não diria a parte envolvida do que se trata, apenas que não fez bem, que doeu, e doi ainda.

Cansada até de sofrer, de ficar.
E agora, de simplesmente calar.

E viva o tanto falar até que o silêncio chegue, né, Catarine?
http://catecosta.blogspot.com.br/

"Quando não tiver mais nada
Nem chão nem escada
Escudo ou espada
o seu coração acordará."
Nando Reis.



domingo, 2 de dezembro de 2012

O dia depois de amanhã

E quinta, amanheci o dia no aeroporto Val-de-Cans em Belém do Pará.
Foi a manhã de espera da companheira de viagem Aletéia Lopes, Instituto Empresariar; para promovermos mais uma oficina do Modelo de Governança Makro na nossa unidade em Parauapebas/PA.
Depois do almoço, fomos aguardar na sala de embarque a conexão para Carajás com escala em Marabá, e em frente ao portão, paredes de vidro, a chuva forte começou a nos surpreender. E o céu cinza, carregado de nuvens, de um lado a outro na pista, não combinava em nada com os 50 tons de cinza que a Aletéia lia com tanta dedicação.
Como não tenho quase medo de avião, resolvi relaxar e encarar a aventura. O jato da Trip decolou e logo a turbulência começou fortemente... Postei antes no facebook que seriam "momentos de tensão", mas até aquele momento, não conhecia o real significado dessa expressão...
Foi uma das poucas vezes na vida que tive sensação de morte - aquela hora quando o filme da vida passa diante dos nossos olhos, sabe?! Virei pra Aletéia e o pânico também em seus olhos. Apertamos nossas mãos e pensamos nos nossos filhos, eu vi o momento que o Ben nasceu, tão indefeso, tão doce e comecei a rir do desespero. Pensei em Deus, pedi perdão; pensei no Ítalo, na minha mãe querida babá, na minha irmã e na cunha, na Makro. E aqueles dez, quinze minutos subindo e descendo, virando, vendo a chuva forte na janela e o cinza do céu e mais nada, pareciam que nunca mais iam terminar. Até que acabou e seguimos para Marabá...
O piloto nos avisou que não seguiríamos para Parauapebas por causa do mal tempo e, já em terra, soubemos que teríamos um micro-ônibus disponível - mas, veja, uma estrada péssima, sob chuva forte, num ônibus velho, cheio, três horas de viagem, quase à noite, com a notícia de já dois acidentes ao longo do trajeto: de novo, medo.
Começamos a procurar referências. Ligamos pro gestor da unidade Heldes; superintendente Dudma (que estava na unidade), diretor Fernando Filho. Nada. Ninguém nos atendeu.
Ligamos pra Fran, secretária na matriz, e frase da Ciciliane, "ninguém entra e ninguém sai de Parauapebas, tudo alagado, um caos". Bastou para desistirmos.
O chefe da Aletéia, nosso querido Edilson Botto, comentou para ela: "sua vida é muito preciosa para ser arriscada assim, volta pra casa!"... Meu coração ficou apertado e de novo o pensamento no Ben, como poderia perdê-lo, desampará-lo?
Mudamos nossa passagem da Trip de volta, de sábado para sexta e conversamos com a Fran para fazer o mesmo com a da Gol, que nos levaria de volta a nossa amada Fortaleza. E decidimos pernoitar em Marabá.
Já com a calma instalada, encontramos o Dudma no aeroporto de Marabá, com vôo marcado para 11 da noite e começamos a ligar para todos da base, afim de desmarcar nosso treinamento, nossa oficina; tão planejada, tão preparada, tão esperada; e fomos jantar, decepcionadas.
O dia depois de amanhã se mostrou num retorno tranquilo, apesar de longo, e de guardar no seu final uma grande surpresa, pegadinha de nossa parceira Fran, da matriz - que marcou a passagem da Aletéia pra dezembro... Já pensou, um mês ainda no aeroporto??? kkkkkkkkkkk
Mais uma vez, Edilson Botto nos salvou de boa vontade e voltamos dormindo para nosso amado Ceará. Um pouco triste de não ter cumprido a missão, mas aliviada de dormir com o Ben mais uma vez, de vê-lo correndo de manhã, dando tchau, soltando beijo, comendo, brincando...



domingo, 4 de novembro de 2012

Volta do Feriadão

Depois de uma sexta-feira feriado, a pergunta que não quer calar é: "E aí, como foi, descansou?!"
Como assim?
Não é na semana que a gente descansa, dorme cedo, varre o chão, faz supermercado? E ainda trabalha?


Feriado tem gosto de praia, de almoçar duas da tarde num restaurantezinho simpático.
Feriado é pra andar a cavalo no sítio do Tio Paulo e quando chegar em casa, dormir de tão cansada!
Feriado é pra abraçar o Ben até não poder mais, sair com ele pra comprar esfirra (agora!), almoçar na casa do vovô e da vovó, deixar a titia dar bem muito beijo nele, correr pra evitar um caldo na praia, em vão!!! Agora tô rindo, mas na hora foi a treva!!!
Feriado a gente toma banho quando tá calor, 1000 vezes nesse findi... e passa merthiolate no arranhado do joelho, de quando jogou bola na garagem.
Feriado não é pra descansar, talvez a mente, um pouco o corpo, nunca o espírito. Feriado é pra movimentar!
E assim termina o meu, lendo os e-mails, fazendo uma planilhazinha pra não perder o hábito, organizando o trabalho que retorna amanhã.
Em paz!
E para os finados, razão do feriado sexta, descansem em paz!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Aba Pai

Hoje faz 19 anos que o papai me deixou..
Fugiu... saíu correndo sem se despedir.
E passei o dia sem saber o que fazer, o que falar, como agir.

E como no primeiro ano chorei até soluçar e quis partir, quis ficar, quis que este dia nunca tivesse existido, nem em 93, nem hoje.

Quero transformar essa saudade em algo assimilado, político, contido. Mas não.. dor dilacerante.

Ben,
O vovô se foi, acabou-se - um dia ficará claro, mas parte do que sou é ele. Parte de quem sinto, é dele.
E você seria o meu melhor presente... porque você é a minha melhor versão e não passo de uma versão dele.